Numa análise instigante e informativa que prende a atenção do leitor, o Rabino Marc D. Angel lança mão de sua vasta experiência como rabino ortodoxo que já acompanhou inúmeros processos de conversão para fazer um apelo. Ao rogar à comunidade ortodoxa que seja mais receptiva aos candidatos à conversão, ele chama a atenção para o fato de que, apesar da crescente oposição verifi cada ao longo dos últimos 200 anos, a atitude do judaísmo nem sempre foi assim. Angel defende a idéia de que os convertidos sinceros, que de boa-fé desejam se unir ao povo judeu e viver de acordo com a Halachá (lei judaica), devem ser encorajados e bem recebidos.
Ao examinar os motivos que levam alguém a se converter, ele nos apresenta pessoas que chegaram ao judaísmo por diferentes caminhos. Algumas empreenderam uma longa jornada de mente e espírito; algumas queriam se casar com um parceiro judeu. Outras descobriram sua ancestralidade judaica e outras, ainda, aspiravam viver em Israel, no seio do povo judeu.
Os depoimentos de convertidos das mais diversas origens já deveriam, por si, ser sufi cientes para convencer os oponentes. Ao apontar evidências históricas, referências talmúdicas e razões sociais para responder à necessidade de converter candidatos segundo as leis do judaísmo ortodoxo (minimizando assim o número de conversões conservadoras ou reformistas, consideradas inválidas pelos ortodoxos), Angel demonstra enfaticamente o caráter urgente da questão e lembra, com propriedade, que o judaísmo permite a conversão.