Como Surgiu a Ideia do Livro
11o Mandamento – Não guardes para si o que podes compartilhar
Falar para a comunidade faz parte da vida de muitos rabinos, e comigo não é diferente. Desde cedo me acostumei a contar histórias em aulas, palestras, encontros, bar-mitsvot, casamentos, entre outras cerimônias religiosas. As histórias desempenham um papel fundamental na trajetória do povo judeu. Graças a elas, inúmeros conceitos judaicos são transmitidos com facilidade de geração a geração, seja na sinagoga ou em casa.
Acredito no poder de uma boa narrativa. Por isso, ao longo dos anos reuni centenas de contos em meus estudos e pesquisas, com o objetivo de tirar uma lição, descobrir uma mensagem maior e, principalmente, conectar o sentido da história com algum ensinamento judaico. Uma tarefa que fizesse diferença na nossa forma de pensar e perceber o mundo.
Quando comecei a trabalhar no colégio Max Nordau, em 1995, enviava mensagens semanais sobre a parashá na agenda dos alunos, o que virava assunto em muitos dos nossos encontros. Mais recentemente, o Whatsapp possibilitou o envio mais simples, embora eu tenha encontrado alguns obstáculos.
De início, o aplicativo não enviava mensagens simultâneas para diversas pessoas, o que me obrigava a encaminhar as histórias para uma de cada vez. Enviei tantas mensagens, toda sexta-feira, que fui bloqueado – e para retomar o envio tive que comprar uma nova linha telefônica. Hoje o compartilhamento é dinâmico e em questão de segundos alcanço as cerca de mil pessoas cadastradas, que, por sua vez, espalham o conteúdo judaico no Facebook e em outros canais.
Para este livro, selecionei algumas das melhores histórias que enviei por Whatsapp nos últimos anos. Entre esses textos, materiais baseados em fontes variadas, como o site chabad.org.br, um espaço incrível de conhecimento. As histórias se relacionam com as parashot dos cinco livros da Torá e as festividades judaicas. O título que dei a cada uma é sempre uma atitude positiva, com objetivo de nos inspirar.
Espero que todos tenham uma excelente e valiosa leitura.
Com carinho,
Rabino Moshé Lenczynski