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Descrição
Entre o Passado e o Futuro é, entre os livros de Hannah Arendt, aquele que faz pulsar simultaneamente o conjunto de inquietações a partir do qual essa admirável representante da cultura de Weimar ilumina, para usar uma de suas palavras prediletas, o discurso político do século XX. Ele contém praticamente todo o temário de sua obra, constituindo-se, portanto, num ponto de partida por excelência de toda a tentativa de interpretação e organização do seu pensamento. QUARTA-CAPA Hannah Arendt é uma das maiores referências para interpretarmos nossa época por sua capacidade de refletir politicamente acerca da natureza da sociedade moderna. Conceitos e temas como os de autoridade, liberdade, violência, o propósito e a importância da educação, as crises da democracia e o autoritarismo, são trazidos ao escrutínio e debatidos pela filósofa. Esta coletânea reúne oito “exercícios de pensamento” sobre a crise da modernidade e sobre o que Arendt chama de perda de sentido de noções como justiça, razão, responsabilidade, virtude e glória. Com erudição e sensibilidade ímpares, seu pensamento ilumina a “experiência viva” sobre a qual se ergue, pois Arendt nada tinha de saudosista ou de utópica: é a respeito do presente, esse tempo Entre o Passado e o Futuro, que ela pensa, o único tempo que podemos realmente mudar.
 

Sobre o Autor

Filósofa e teórica política contemporânea. Alemã de origem judia, Arendt vivenciou os horrores da perseguição nazista, o que a forçou a fugir, primeiro para Paris, França, depois para Nova York, EUA, onde passou a viver e trabalhar. Foi esse fenômeno político que motivou a sua pesquisa sobre o totalitarismo e todo o seu pensamento político. Algumas de suas principais obras são As Origens do Totalitarismo, Eichmann em Jerusalém, Entre o Passado e o Futuro e A Condição Humana.

Professor titular de Filosofia da Educação da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo

Trecho. © Reimpressão autorizada. Todos os direitos reservados

A educação é o ponto em que decidimos se amamos o mundo o bastante para assumirmos a responsabilidade por ele e, com tal gesto, salvá-lo da ruína que seria inevitável não fosse a renovação e a vinda dos novos e dos jovens. Os seis ensaios seguintes são exercícios desse tipo, e seu único objetivo é adquirir experiência em como pensar; eles não contêm prescrições sobre o que pensar ou acerca de que verdade defender. Menos ainda, pretendem reatar a linha rompida da tradição, ou inventar algum expediente de última hora para preencher a lacuna entre o passado e o futuro. Em todos esses exercícios coloca-se em suspenso o problema da verdade; a preocupação é somente como movimentar-se nessa lacuna, talvez a única região onde algum dia a verdade venha a aparecer. Mais especificamente, trata-se de exercícios de pensamento político, na forma como este emerge da concretude de acontecimentos políticos (embora tais acontecimentos sejam mencionados apenas de passagem), meu pressuposto é que o próprio pensamento emerge de incidentes da experiência viva e a eles deve permanecer ligado, já que são as únicas balizas por onde pode-se obter orientação. Uma vez que se movem entre o passado e o futuro, esses exercícios contêm crítica assim como experimentos, mas estes não visam a projetar qualquer espécie de futuro utópico, e a crítica ao passado, aos conceitos tradicionais, não pretende “desmascarar”. Além disso, as partes críticas e experimentais dos ensaios que seguem não são rigidamente divididas, embora grosso modo os três primeiros capítulos sejam mais críticos que experimentais e os cinco últimos, mais experimentais que críticos. Essa gradual mudança de ênfase não é arbitrária, pois há um componente experimental na interpretação crítica do passado, cujo objetivo principal é descobrir as verdadeiras origens de conceitos tradicionais, a fim de destilar deles sua primitiva essência, que tão melancolicamente evadiu-se das próprias palavras-chave da linguagem política – tais como liberdade e justiça, autoridade e razão, responsabilidade e virtude, poder e glória –, deixando atrás de si formas vazias com as quais se dão quase todas as explicações, à revelia da subjacente realidade fenomênica.
 

Detalhes do produto

  • Editora ‏ : ‎ Perspectiva; 9ª edição (27 maio 2022)
  • Idioma ‏ : ‎ Português
  • Capa dura ‏ : ‎ 424 páginas
  • Dimensões ‏ : ‎ 10.5 x 2.4 x 20.5 cm