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Descrição

O Rabino Lord Jonathan Sacks é considerado um dos maiores líderes espirituais da atualidade. Durante mais de uma década, ele foi uma das estrelas da rádio BBC de Londres, com seu programa "Reflexões para o Dia". Este livro reúne uma breve e sensível seleção desses discursos, o que o torna uma obra leve e dinâmica, e que tem encantado leitores ao redor de todo o mundo.

Índice

Introdução
Prefácio à Edição Brasileira

A sabedoria de decidir
Comunidade
Escrevendo no Livro da Vida
O portal da esperança
Sem discrição
A sociedade com uma face humana
A jornada para a liberdade
Histórias dos nossos dias de ontem
Uma chama de esperança
Rembrandt e o Prêmio Turner
Dois livros da vida
O que ensinamos às crianças
Quando as palavras falham
A opção por ter filhos
O Gueto de Varsóvia
A paternidade como um privilégio
A paz como um paradoxo
Residentes temporários
A captura de Saddam Hussein
Por que o terror sempre fracassa?
O jogo da culpa
Pensando em termos globais
Deixem-me em paz ou mantenham-me informado?
Lucros e profetas
O mundo de cabeça para baixo
Spike
A coragem de viver com a incerteza
Perdão
Arriscando o salto
A era da insegurança
O mundo que construímos amanhã
Manter-se jovem
Público ou particular?
Estabelecendo a paz
Do ponto de vista do espaço
Entre a justiça e a vingança
Correr para parar
Dançando com o passado
Captando a reflexão para o dia
O direito de ser diferente
A vitória que dura
Terror em Mombasa
Transmitindo nossas esperanças
A fé chamada casamento
Arrependimento
Dia nacional do perdão
George
Falando às claras
Filhos de Abrahão
Comendo e nos reunindo
Fazendo nossa parte
A educação e a dignidade humana
Entre dois males
O choro de uma criança
A ciência como uma bênção
É necessário mais do que a guerra para assegurar a paz
Diga a seus filhos
Sobre exércitos e escolas
Kindertransport
Elogiando os professores
A coragem de perdoar
A luz de casa
Reverência, responsabilidade, restrição
Abandonando o passado
Abandonando o ódio
O herói sem túmulo
Pais
Terror em Madri

 

*  *  *

O que aconteceu com o arrependimento?

O que aconteceu com o arrependimento? Faço esta pergunta porque acabamos de começar a contagem regressiva para os dias mais sagrados do judaísmo: Rosh Hashaná, o Ano Novo, que começa hoje à noite, e Iom Kipúr, nosso Dia do Perdão, que é o momento no qual procuramos aqueles a quem possamos ter causado algum mal e pedimos seu perdão, para que, assim, Deus possa nos perdoar também.
 
Foi a antropóloga Ruth Benedict que apontou a diferença entre as culturas de vergonha e as culturas de culpa. Numa cultura de vergonha, o que importa é a forma como as outras pessoas veem você, sua imagem pelos olhos delas. Hoje em dia, a nossa é uma cultura de vergonha, e é por isso que existem tantos relações públicas e tanta preocupação com nossa imagem.

Culturas de culpa não se preocupam com as aparências. Elas se baseiam na voz interior da consciência, que nós costumávamos chamar de voz de Deus. Numa cultura de culpa, não importa como os outros nos veem. O que importa é fazermos a coisa certa. O que conta não é a opinião alheia, mas se estamos em paz conosco. O real problema com as culturas de vergonha é que elas são implacáveis. Uma vez que você tenha caído em desgraça, acabou. Não tem mais volta. Assim, o mais importante numa cultura de vergonha é tentar esconder os erros. Isso nunca aconteceu, ou, se aconteceu, não fui eu, e se fui eu, não foi tão mau assim.

Mas nas culturas de culpa há sempre um caminho de volta por causa do arrependimento e da pessoa chamada Deus. Deus perdoa. Acho que esse foi o mais importante dos conceitos singulares que a Bíblia Hebraica já deu ao mundo. Apesar de errarmos muitas vezes, sempre podemos recomeçar. Ao nos conceder o livre arbítrio, Deus nos deu a permissão de cometer erros. Ele nunca pediu que fôssemos perfeitos. Tudo o que Ele pediu foi que tentássemos fazer o melhor que pudéssemos, que assumíssemos nossos erros quando os cometêssemos e melhorássemos sempre. Quando acreditamos num Deus que perdoa, não importa se as outras pessoas perdem a fé em nós. Não importa nem se perdemos a fé em nós mesmos. Porque em algum lugar Alguém tem fé em nós e Deus nunca perde a fé.

Eu gostaria de ver o arrependimento voltar. Pensem na diferença que faria se os políticos, homens de negócios ou qualquer um de nós pudéssemos simplesmente dizer "me desculpe, eu errei", em vez de fingir que acertamos. Não haveria muito mais honestidade na vida pública e talvez na vida privada também se realmente nos lembrássemos de que, independente do que tenhamos feito, Deus nos ajuda a começar de novo?