1 x de R$50,00 sem juros | Total R$50,00 | |
2 x de R$25,00 sem juros | Total R$50,00 | |
3 x de R$16,67 sem juros | Total R$50,00 | |
4 x de R$13,86 | Total R$55,43 | |
5 x de R$11,23 | Total R$56,16 | |
6 x de R$9,47 | Total R$56,83 | |
7 x de R$8,19 | Total R$57,36 | |
8 x de R$7,26 | Total R$58,12 | |
9 x de R$6,54 | Total R$58,85 | |
10 x de R$5,93 | Total R$59,33 | |
11 x de R$5,46 | Total R$60,06 | |
12 x de R$5,07 | Total R$60,81 |
1 x de R$50,00 sem juros | Total R$50,00 | |
2 x de R$25,00 sem juros | Total R$50,00 | |
3 x de R$16,67 sem juros | Total R$50,00 | |
4 x de R$14,00 | Total R$56,00 | |
5 x de R$11,26 | Total R$56,29 | |
6 x de R$9,43 | Total R$56,59 | |
7 x de R$8,10 | Total R$56,70 | |
8 x de R$7,12 | Total R$56,99 | |
9 x de R$6,37 | Total R$57,35 | |
10 x de R$5,76 | Total R$57,56 | |
11 x de R$5,26 | Total R$57,83 | |
12 x de R$4,84 | Total R$58,02 |
Descendente de cristãos-novos, com influências negra, indígena e holandesa, o pernambucano Paulo Carneiro narra em “Caminhos Cruzados” a história dos judeus do Recife no século XVII, que construíram no Brasil a primeira sinagoga das Américas. A saga começa com a expulsão da Espanha, em 1492, e avança até 1654, quando 23 judeus oriundos de Pernambuco desembarcam na então colônia holandesa de Nova Amsterdã e fundaram o que viria a ser a comunidade judaica de Nova York, a segunda maior do mundo depois de Israel.
Carneiro recupera detalhes do ambiente em que se deu a diáspora espanhola, passando pelo abrigo em Portugal, a participação de cientistas judeus no projeto das explorações marítimas e a conversão forçada ao catolicismo, em 1497. Além disso, conta como foi a batalha movida pelo rei D. João III junto ao Vaticano para instalar a Inquisição no reino, marco da decadência do império marítimo português, segundo o historiador britânico David Landes.
Para o autor, “Caminhos Cruzados” recupera um capítulo importante da história do Brasil, geralmente ofuscado pelo brilho da Corte de Maurício de Nassau. No Recife, a sinagoga Zur Israel, hoje restaurada, é espelho dessa herança, assim como a Ponte Maurício de Nassau, originalmente construída pelo judeu Baltazar da Fonseca. Em Nova York, as lápides do primeiro cemitério ostentam nomes de judeus pernambucanos e a Estátua da Liberdade traz no pedestal um poema de Emma Lazarus, descendente dos pioneiros saídos do Brasil.
No cruzamento dos caminhos temporais e seculares, Carneiro revela que o ex-rabino do Recife, o erudito Isaac Aboab da Fonseca, presidiu o tribunal rabínico que excomungou Espinoza, em Amsterdã. Por ironia, os antepassados de ambos estiveram juntos na fatídica diáspora espanhola.