A Resiliência de Israel em Busca da Paz

A porção semanal Ki Tissá (Êxodo 30:11–34:35) traz lições eternas sobre liderança, arrependimento e a busca por equidade, temas que ressoam profundamente com os desafios enfrentados por Israel em março de 2025. Neste artigo, exploramos conexões entre a narrativa bíblica e os eventos atuais, destacando a determinação israelense em equilibrar segurança, justiça e esperança.

1. Trégua e Diplomacia: Israel entre Diálogo e Realidade

A Torá Oral destaca que o meio-shekel (Êxodo 30:12-16) simboliza a união em torno de um propósito comum. Em março de 2025, Israel intensificou esforços diplomáticos para negociar a segunda fase da trégua com o Hamas, mediada pelo Catar e pelos EUA. No entanto, após o término da primeira fase do cessar-fogo, o Hamas violou acordos com lançamentos de foguetes, levando Israel a retomar operações militares em Gaza.

A fragilidade das negociações reflete a complexidade de unir partes historicamente antagônicas, mas Israel mantém a exigência de garantias concretas para proteger seus cidadãos.

A Torá ensina que responsabilidade coletiva exige compromisso mútuo. Assim como o meio-shekel era uma contribuição igual de todos, a paz duradoura depende de ações recíprocas — algo que Israel busca, mesmo diante de obstáculos.

2. Defesa e Resiliência: Proteção Contra Ameaças Imediatas

Assim como Moisés intercedeu pelo povo após o bezerro de ouro (Êxodo 32), Israel age para proteger seus cidadãos. Ataques cirúrgicos em Gaza visaram infraestrutura terrorista, como túneis e depósitos de armas do Hamas, em resposta a foguetes lançados contra cidades israelenses. O Exército israelense reforçou a precisão de suas operações para minimizar danos civis, seguindo diretrizes éticas alinhadas aos valores judaicos.

Em paralelo, o Shabat (Agência de Segurança de Israel) reconheceu falhas na prevenção dos ataques de 7 de outubro de 2023, implementando reformas em inteligência e coordenação com comunidades fronteiriças. Esse mea culpa demonstra a busca por Teshuvá (arrependimento), valorizando a correção de erros como parte do crescimento moral.

3. Renovação e Reconstrução: O Futuro de Gaza

A renovação das tábuas da Lei (Êxodo 34:1-4) inspira esperança em recomeços. Israel propõe:

  • Reconstruir Gaza sob supervisão internacional, garantindo que a área não se torne um refúgio para grupos como Hamas ou Hezbollah. Contudo, o Hamas exige, como condição, a libertação de milhares de prisioneiros palestinos, criando impasses.
  • Enquanto isso, Israel mantém corredores humanitários para entrega de alimentos e medicamentos, mesmo durante conflitos. A ONU reconhece esses esforços, mas alerta que a paz exigirá concessões políticas, como a implementação de um Estado Palestino viável.

4. Críticas e Narrativas: Combate à Desinformação

A parashá alerta contra falsos ídolos (como o bezerro de ouro), que distorcem a verdade. Em 2025, Israel enfrenta:

  • Campanhas de fake news acusando-o de "genocídio" em Gaza. Para combater isso, o governo divulga imagens de túneis do Hamas sob hospitais e documentos que provam o uso de civis como escudos humanos.
  • Paralelamente, líderes globais, como o Papa Francisco, pedem moderação, enquanto Israel reitera que sua ação militar segue o direito internacional.

5. Apoio Internacional: Solidariedade em Tempos de Crise

A Torá valoriza alianças estratégicas (como Moisés e Aarão). Israel conta com:

  • EUA e Brasil: Os EUA reforçaram sanções contra o Hezbollah, enquanto o Brasil defendeu mediações equilibradas, condenando ataques terroristas.
  • Acordos de Paz com Árabes: Netanyahu reafirmou que a normalização com a Arábia Saudita é iminente, seguindo o modelo dos Acordos de Abraham (2020), que já integram Emirados Árabes e Marrocos.

Reflexão

A resiliência de Israel em 2025 reflete as lições de Ki Tissá: mesmo após crises, é possível buscar justiça sem renunciar à ética. A nação equilibra defesa imediata, diplomacia pragmática e esperança em um futuro em que segurança e paz coexistam.

Referências e Indicações

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